Há dias e dias,
certos dias quando as coisas não fazem sentido,
quando a humanidade parece meio maluca.
Quando olhamos e não vemos,
Escutamos, mas não ouvimos.
Certos dias...
- não sei –
Dias em que o sol não esquenta
E a chuva não molha.
Dias...
Todo mundo já presenciou
Tal dia tão ausente:
Que não é passado, futuro
Ou presente
Existe um vazio tão cheio
E uma multidão tão solitária.
No meio do tumulto
Ouve-se o silencio
E o silencio é ensurdecedor.
Dói uma dor
de viver certos dias...
Ou depositados no inconsciente
Desse presente ausente
Que deixa marcas na areia
Dos passos que não pisamos
De dias que não vivemos.
VIVIANE DAS GRAÇAS VIEIRA
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