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Hobbies

"Hobbies são manias que protegem o mundo de nossa insanidade, adquira alguns e terá menos vontade de atirar objetos sobre outras pessoas."
Viviane das Graças Vieira


domingo, 30 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Relaxa, vamos trabalhar!


De fato “o trabalho dignifica o homem” e “a mente vazia é a oficina do diabo”...
Podia perfeitamente preencher as demais linhas com o discurso a respeito da importância do trabalho e o faria com conhecimento de causa e dever legal, visto que minha profissão exija um discurso eloquente a esse respeito, contudo por hora estou abrindo o espaço para um comentário menos sério e formal: “Relaxa, vamos trabalhar!”
No Brasil 43% dos profissionais trabalham de nove a onze horas por dia e 46% levam trabalho para casa pelo menos três vezes por semana.*
Sendo assim, temos a maior parte do nosso dia reservado para o trabalho. Então ou podemos ter o trabalho como um pesado e injusto fardo que rouba nossa alegria e nos proporciona um suado sustento...
Ou podemos aceitar que faz parte da vida e sorrir com os desajustes e loucuras com as quais convivemos diariamente.
Confesso que prefiro a segunda opção...
Se ao final de um dia estressante no trabalho não tiver um motivo para rir, tudo o que fiz perdeu o sentido. E até hoje isso nunca me aconteceu.
Podemos lidar com máquinas que não funcionam, clientes histéricos, funcionários loucos, prazos curtos e metas altas, quando chegamos em casa somos nós que determinamos qual o peso que tudo isso tem sobre nossa capacidade de ser feliz.
Complicamos a nossa vida e atrasamos nossa felicidade à medida que estabelecemos que nosso dia de trabalho precisa ser perfeito, que o sol tem que brilhar, mas não pode fazer muito calor, que o cliente precisa consumir sem questionar... 

O nosso chefe deve nos liberar para sair mais cedo, o sistema não pode travar e as pessoas precisam ser perfeitas e não humanas.

Isso não vai acontecer, vai chover, o sistema travar, o cliente terá algum surto e as coisas podem dar errado... Sorrindo ou blasfemando, as pessoas continuarão sendo imperfeitas. 
As únicas coisas que mudam, são os cabelos que podem ficar brancos ou cair, a pressão que pode ir as “alturas”, os amigos que podem ir embora e o tempo que não vai ficar esperando você decidir ser mais feliz. 

Viviane das Graças Veira

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mudanças...


Quando crescemos a tendência natural é que mudemos. Muda nosso jeito de falar, de vestir, muda nossas prioridades...

Às vezes perdemos até a noção do que de fato é importante e valioso.

O trabalho exige de nós em média 40% da nossa semana, contabilizando o nosso tempo no trabalho, nos preparando para ele e falando sobre ele. O percentual é 40 ou mais. Não devia ser assim...
É por essa razão que as pessoas se estressam e enlouquecem.
Precisamos de mais momentos para andar sem pressa, a ponto de notar uma flor solitária em jardim seco.
Precisamos sentar na grama da praça, ver as crianças jogando bola, sem ter que olhar no relógio ou atender o celular.

Chamar um amigo para conversar, sem ter nada importante pra falar.

Ligar no meio da tarde somente para dizer oi.
Repartir o tablete de chocolate ou um pote de sorvete porque é tudo o que se pode comprar.

Descobrir que o tempo pode passar rápido, mas não pode
 nos impedir de vivê-lo.





Para atravessar os trilhos do trem ou viver a aventura das mudanças é necessário Parar, olhar e escutar... Porque afinal: a vida é simples assim... Viviane das Graças Vieira

sábado, 23 de junho de 2012

Sem esperar nada mais


Sem esperar nada mais

Você já se apaixonou por alguém? Sentiu seu coração disparar e um nó na garganta meio sem sentido? Já demorou pra dormir e não conseguiu desligar o pensamento? Já quis estar em um lugar e não conseguiu chegar?

Cada pessoa tem uma resposta diferente para esta pergunta e muitas outras podem surgir... Eu não sei explicar, nem com toda arte da oratória o faria como é necessário.

Então, sem uma resposta justa e coerente para explicar o porquê não conseguir dormir e em plena madrugada me aventurar a enfrentar o frio, o silencio e o Word usando só a luz da tela do computador... Contento-me em olhar as fotos antigas, sonhar ainda que acordada com o que talvez nunca aconteça e esperar que o nó na garganta passe pra de novo te encontrar sem esperar nada mais.

Viviane das Graças Vieira

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Respostas...

Discutir a relação é o pesadelo de muitos casais, mas nenhuma discussão é mais confusa e difícil do que a que fazemos em nossos próprios pensamentos.

Ouvir alguém dizer que temos que repensar os nossos motivos, mudar, olhar por outra perspectiva é complicado e difícil de aceitar.

Quando nos deparamos com essa resposta dentro de nós mesmos é ainda mais complicado.

Repensar não é aceitar que a maneira com que pensamos é toda errada, mas entender que não é tão eficaz.
Esperar um telefonema que não foi prometido, imaginar que uma carona é uma declaração de amor, confundir preocupação com paixão reprimida não é saudável para ninguém...
Tendemos a ver o que queremos e interpretar como melhor se encaixa em nossa concepção de perfeito.

Aquele sorriso pode ser simplesmente um sorriso, o abraço simplesmente um abraço e o fato da pessoa se preocupar se você está bem pode ser simplesmente uma questão de humanidade.
Não que seja descrente dos gestos que demonstram afeição, mas superestimá-los é um equivoco.
Já ouvi musicas romanticas, assisti filmes do tipo “agua com açúcar” e sonhei acordada imaginando que um sorriso era a resposta que eu procurava. 

Passava o tempo e eu descobria que minha leitura das pessoas não era tão boa assim e a única pessoa que conheço de fato sou eu mesma e ainda assim às vezes não me entendo. Com, então, vou querer interpretar uma declaração de amor num gesto pequeno. 

Quando gostamos de alguém e não somos correspondidos não existe um culpado, não há o que desculpar, faz parte da vida. Resta-nos enfrentar o que for necessário e nos garantir o direito de viver bons e maus dias.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A garota do banco

Vi uma garota sentada no banco da praça, ela não estava mal vestida, tão pouco sua roupa era de grande luxo. A garota vestia uma calça jeans, uma blusinha de manga curta e um tênis não muito novo, mas o que me chamou a atenção não foi a roupa da menina.
Ela tinha o rosto rosado, o cabelo era ondulado, sua beleza indiscutível, porém também não foi sua beleza que atraiu minha atenção.
Segurava em suas mãos um livro grosso, de capa colorida e ao lado estava uma bolsa aparentemente nova, na cor vermelho apagado, com parte do zíper aberto de onde era possível observar um estojo caindo... Contudo não foram esses detalhes que fizeram com que a lembrança da menina me impressionasse.
O que chamou minha atenção não foi a cor dos seus olhos, a paisagem que a rodeava e tornava a imagem tão simples e serena. Não foi nenhuma imaginação filosófica a respeito do que poderia ou não estar acontecendo, de quem poderia ser aquela garota, o que ela lia, quais seriam os seus sonhos ou se ela estava à espera de alguém.

O que realmente chamou a minha atenção foi uma placa ao lado do banco que dizia: “Cuidado: Tinta fresca”.

Sem muita filosofia, afinal a vida é "Simples assim"
Viviane das Graças Vieira

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desencontros

Todo mundo já se apaixonou e já sofreu por falta de compreensão, por amor não correspondido e por desencontros.


Desencontros acontecem porque em matéria de sentimentos ninguém é realmente claro. Jogamos pistas, desenvolvemos charadas e uma linguagem nada compreensível. Desejamos ver nossas frases e pensamentos completados pelo outro. Isso é complicado!


Rir das piadas, comprar um chocolate não são declarações explicitas de amor. Mas nos prendemos nesses detalhes para tentar ler o comportamento e definir projetos futuros.


Simplesmente perguntar, não é solução nesses casos, porque a verdade é que gostamos do mistério da incerteza.


Imaginamos vários finais para a mesma história: se a resposta fosse sim, se não estivesse chovendo, se tivéssemos um pouco mais de tempo...


Talvez se tudo isso acontecesse seria diferente, ou talvez não... Pelo medo da negativa final esperamos uma intervenção sobrenatural que nos mostre o futuro e  o que devemos fazer. Como isso não é possível, permanecemos onde estamos.


Simples assim - Viviane das Graças Vieira

sábado, 28 de janeiro de 2012

Quem realmente somos

Quando o amor acontece descobrimos quem realmente somos. As besteiras que fazemos nos definem, porque fazemos sem pensar, sem reservas, sem planejamento.
Perdemos um pouco da sensatez quando nos apaixonamos, e não há nada mais gostoso do que nos permitirmos ser, por espontânea vontade, insanos.

Interpretar poemas, admirar o por do sol, escrever uma carta são sintomas  desta enfermidade tão saudável.
Somente os que se permitem passar por isso puderam, podem ou poderão se  declarar completos.

Simples assim - Viviane das Graças Vieira